Estrutura de investigação Formas de vida religiosa, identidades e pertenças
Coordenação
Maria Filomena Andrade e Tiago Pires Marques
Descrição
Assente num trabalho já iniciado em torno da presença e implantação das ordens religiosas em território português, dos processos de expansão e diversificação religiosa ao longo das épocas moderna e contemporânea, das dimensões sociais e espirituais de instituições de tipo confraternal, assim como da problemática do feminino, esta Linha Temática reflete e prolonga os interesses e a investigação realizada no CEHR, com investigadores especializados e com uma produção nacional e internacional reconhecida.
Objetivos temáticos
Esta Linha tem como objetivo geral a compreensão do complexo processo de reconfiguração do religioso, nas suas dinâmicas internas (formas de vida) e na sua relação com a constituição de identidades (coletivas e individuais) e com pertenças sociais - socioprofissionais, cívicas e comunitárias - marcantes nos múltiplos processos de construção da modernidade.
Esta abordagem visa contribuir para estabelecer parâmetros de análise historiográfica, numa perspetiva de diálogo interdisciplinar no campo das ciências sociais e humanas, considerando, entre outros aspetos: dinâmicas confraternais e de assistência ou solidariedade; processos de socialização etária (infância, juventude, idade adulta e velhice); a problemática de género; conteúdos da experiência espiritual no que respeita à conformidade das disciplinas religiosas estabelecidas, como também como dissensão social e ideológica. Neste âmbito, e na continuação do trabalho realizado no período anterior, atende-se aos universos religiosos que se manifestam na sociedade portuguesa, como o catolicismo, o protestantismo - mesmo nas suas atuais formas mais significativas de evangelismo -, as comunidades muçulmanas, as judaicas e as novas formas de vivência religiosa, particularmente urbanas.
As formas de vivência religiosa, mais ou menos institucionalizadas ou marginais são objeto de estudo numa abordagem diacrónica, conjugando a perspetiva histórica com um questionamento antropológico (diferenciação sexual, etapas da vida humana, horizontes de sentido, saúde e salvação, práticas rituais e simbólicas). A nível geral da estruturação das sociedades, as mundividências do religioso apelam ainda a uma análise explicativa das realidades confraternais e de assistência ou solidariedade, na lógica de uma "economia do dom", no confronto com os dados sociais e políticos da construção de identidades pessoais e institucionais.
A articulação desta problemática geral faz-se em torno de quatro áreas temáticas já indicadas: Formas de vida religiosa; Expansão e recomposição dos universos religiosos; Religiosidade e espaços de secularidade: Identidades e pertença.
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